A província de Cabinda vai ter, dentro de quatro anos, um Novo Aeroporto Internacional, a ser construído na Ccomuna de Malembo, 35 quilómetros a Norte da cidade capital.
Com a designação Novo aeroporto Internacional de Cabinda (NAIC), a cerimónia de consignação da obra, bem como a do lançamento da primeira pedra para a construção da infra-estrutura aeroportuária, foi presidida pelo ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, com a participação da governadora da província de Cabinda, Mara Quiosa.
O Novo Aeroporto Internacional de Cabinda está a ser implantado numa área de 860 hectares e está projectado com uma pista de 3.500 metros de comprimento e 45 metros de largura, terminal de passageiros com uma área de 12 mil metros quadrados, torre de controlo, quartel de bombeiros, edifício de Polícia e administrativo.
A infra-estrutura aeroportuária vai ter ainda um edifício de suporte terrestre “GSE” e um amplo terminal de carga.
O projecto foi desenvolvido para atender um fluxo de 700 passageiros domésticos e 500 internacionais na hora de ponta e receber 670.722 passageiros anuais através de 12.635 movimentos de aeronaves.
Depois da sua conclusão, prevista para 2027, o novo aeroporto vai poder receber e parquear, em simultâneo, uma aeronave do tipo Boeing 777 e duas aeronaves do tipo Boeing 737 ou, quando muito, quatro aviões Boeing 737 ou de outros fabricantes de iguais dimensões.
A empreitada para a construção, fornecimento, instalação de equipamentos e apetrechamento do Novo Aeroporto Internacional de Cabinda está a cargo da empreiteira brasileira Oderbrechet.
O novo aeroporto vai gerar 1.500 postos de trabalho directos, sendo 95 por cento da mão de obra angolana, A área onde é implantado o Novo Aeroporto Internacional de Cabinda já está completamente livre de minas, estando neste momento em curso os estudos do impacto sócio-ambiental e geotécnico.
Projecto estratégico
A governadora da província de Cabinda, Mara Quiosa, considerou a construção do Novo Aeroporto Internacional de Cabinda(NAIC) como sendo um projecto estratégico e de interesse nacional, que vem dar cumprimento aos objectivos plasmados no “Novo Plano de Desenvolvimento Nacional” e que servirá de plataforma para assegurar a ligação da província ao mundo de forma directa e permitir a recepção de mercadorias por via aérea.
Mara Quiosa manifestou-se convicta de que a construção do Novo Aeroporto Internacional de Cabinda vai trazer inúmeras valências à província no domínio das infra-estruturas que servirão de apoio ao aeroporto, nomeadamente vias de comunicação, energia eléctrica e água.
“Estamos convictos de que uma iniciativa desta dimensão vai trazer inúmeras valias para a nossa província, quer sejam na melhoria das infra-estruturas que servirão de apoio ao Aeroporto, nomeadamente as vias de comunicação, como no reforço da energia e água para esta região”.
Com a construção do Novo Aeroporto Internacional de Cabinda, disse, prevê-se uma nova dinâmica de negócios que vai fomentar o surgimento de várias iniciativas no sector dos transportes públicos e privados e também nos domínios do comércio, hotelaria e turismo, com todas as valências que vão desembocar na promoção do desenvolvimento sustentado da província mais a Norte do país.
“O mega projecto vai proporcionar uma nova dinâmica de negócios locais e quiçá transversais”, disse Mara Quiosa, para quem o projecto irá fomentar várias iniciativas no sector dos transportes públicos e privados, como também no domínio do comércio, hotelaria e turismo.
Um aeroporto internacional traz sempre consigo ligações com os países vizinhos e, com isso, o turismo e o comércio são alavancados.
Potenciar o desenvolvimento
O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, afirmou que o projecto de construção do Novo Aeroporto Internacional de Cabinda (NAIC) se enquadra no amplo programa nacional de modernização das infra-estruturas do sector dos Transportes, visando potenciar o desenvolvimento e o crescimento do país, de forma geral, e da província de Cabinda, em particular.
Na visão do ministro dos Transportes, todos os projectos no domínio dos Transportes que o Executivo tem estado a implementar nesta parcela do território nacional visam, acima de tudo, garantir a redução da insularidade de Cabinda relativamente ao resto do país e permitir também que a região possa potenciar-se directamente para o mundo, no intuito de gerar um forte crescimento e desenvolvimento sustentável.
O ministro Ricardo de Abreu indicou o Porto de Águas Profundas do Caio e o próprio Aeroporto Internacional de Cabinda como duas imponentes infra-estruturas em construção que não servirão somente Cabinda, mas também os países vizinhos.
O ministro Ricardo de Abreu aproveitou a ocasião para lembrar aos presentes que a província de Cabinda é hoje o segundo mercado em termos de aviação doméstica depois de Luanda, com um fluxo comercial bastante aceitável.
“Primeiro está Luanda, seguindo-se Cabinda, Benguela, Huambo, Lubango e Namibe”, indicou o ministro.
De acordo com o titular da pasta dos Transportes, a nova infra-estrutura “poderá claramente dar um salto muito mais significativo no contexto de desenvolvimento da província”, que com o novo porto de águas profundas vão alavancar o crescimento da região.
JA