O ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, informou, esta quarta-feira, em Luanda, que, no quadro da elaboração do OGE para 2024, foi disponibilizado 330 mil milhões de kwanzas para o sector têxtil do país.
Com o objectivo de potencializar o sector, o ministro sublinhou que este valor trará benefícios e facilidades para o aumento da produção, bem como cuidar da integração e produção do algodão.
José de Lima Massano, que falava à imprensa no final do encontro com os operadores têxteis nas instalações da Textang II, no município do Cazenga, adiantou que o algodão continua a ser importado.
“O Executivo angolano está a assumir o compromisso de até 2027 ser auto-suficiente na produção do algodão, a partir de uma reestruturação que permitirá, no início de 2025, se ter uma logística suficiente paraa produção interna”, asseverou.
Acrescentou que existe um conjunto de necessidades que podem ser apoiados, através dos bancos, ao longo da cadeia produtiva.
Segundo o ministro de Estado para a Coordenação Económica, a Textang II começou a gerar os seus primeiros frutos, apesar de estar com uma capacidade de produção de 10 por cento e um enorme potencial.
O presidente do Conselho de Administração (PCA) do grupo ALCAAL- Textang II, Jorge Amaral, fez saber que existe um plano de plantação de algodão em grande escala, nos próximos quatro anos, para que a indústria têxtil seja auto-suficiente.
Durante este processo, apontou, será importado algodão para cobrir as necessidades das fábricas. Sublinhou que o principal objectivo será a auto-suficiência de algodão produzido em Angola, pois existem 30 mil hectares disponíveis para tal.
Explicou que já existem plantações de algodão na Baixa de Cassanje, província de Malanje, e paulatinamente em outras aéreas do país.
O presidente da Associação da Industria Têxtil e de Confecções de Angola, Luís Contreiras, entende que é necessário e urgente alavancar o sector têxtil para que, até 2027, se gere mais de 200 mil postos de trabalho e se chegue as 400 milhões de peças produzidas anualmente.
Explicou que o sector têxtil e confecções, mundialmente, emprega muita gente, com alta capacidade produtiva.
ANGOP