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ONU propõe 10 passos às partes para o fim dos horrores em Gaza

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As Nações Unidas propõem às partes dez passos para o fim dos horrores em Gaza, apesar de estar focado no que se está a passar no teatro das operações, o plano reforça o esforço diplomático da implementação da solução de dois Estados após o fim do conflito Israelo-Hamas.

Os dez passos para o fim do conflito na Faixa de Gaza, surgem numa altura de grande tensão entre a ONU e o Governo de Telavive, pelo que analistas duvidam da sua aplicação.

As Nações Unidas são alvo de duras críticas mundo afora pela falta de acção na guerra que já matou mais de 11 mil pessoas. No entanto, a ONU divulgou através do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) o plano com dez passos para acabar com a “carnificina na Faixa de Gaza”.

Enquanto isso, o Exército de Israel lançou ataques ao Hospital Al-Shifa, em Gaza, pela entrada sul, informaram meios norte-americanos. O Presidente dos Estados Unidos da América voltou a advertir ontem Israel que será um erro ocupar a Faixa de Gaza, insistindo que a solução após o conflito é a criação do Estado Palestiniano.

Novos níveis de horrores

Para a ONU, a ofensiva das Forças de Defesa de Israel alcançam “novos níveis de horror a cada dia”. Na quarta-feira, os militares voltaram a fazer operações dentro do maior hospital da cidade de Gaza, Al-Shifa, em meio a cerca de 1,5 mil pacientes e mais de sete mil pessoas que se abrigam na infra-estrutura por conta da guerra.

A declaração do secretário-geral adjunto de Assuntos Humanitários e coordenador de Socorro de Emergência da OCHA, Martin Griffiths, lembra que o mundo assiste em choque a esses ataques, além da morte de bebés prematuros por falta de electricidade e privação dos meios básicos de sobrevivência para toda a população do território, que tem cerca de 2,3 milhões de habitantes. Desse total, 80% já vivia na pobreza antes da guerra.

Griffiths pediu que Israel e Hamas respeitem o direito internacional humanitário, além de encerrar os combates ou realizar um cessar-fogo para a chegada de ajuda com remédios, combustíveis, medicamentos e água. O plano possui dez pontos, que entre as propostas traz de resposta humanitária ao custo de 1,2 mil milhões de dólares.

Bairros inteiros destruídos

A destruição de bairros inteiros, segundo a ONU, “não é uma resposta para os crimes atrozes cometidos pelo Hamas”. Num artigo de opinião, o chefe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, disse que a ofensiva israelita cria “uma nova geração de palestinianos injustiçados que provavelmente continuarão o ciclo de violência”.

Em resposta aos ataques do Hamas contra Israel, Telavive mobilizou mais de 300 mil reservistas, além de iniciar ataques aéreos contra o território palestiniano. A 28 de Outubro, o Primeiro-Ministro, Benjamin Netanyahu, anunciou que as tropas entraram por terra em Gaza e avançaram para a segunda fase da guerra. O objectivo, disse, é destruir a infra-estrutura do Hamas e localizar os mais de 240 reféns.

Griffiths enfatizou que essas acções são necessárias para interromper o massacre e que o plano é abrangente. Segundo o dirigente, a ONU está determinada a promover cada passo, mas precisa de amplo apoio internacional. Além disso, sublinhou que o mundo deve agir antes que seja tarde demais.

Os 10 passos da ONU para a paz em Gaza

1 – Facilitar os esforços das agências para trazer um fluxo contínuo de comboios de ajuda e fazê-lo de maneira segura;

2 – Abrir pontos de travessia adicionais para a entrada de ajuda e camiões comerciais, incluindo Kerem Shalom, a passagem entre o território palestiniano e Israel;

3 – Permitir que a ONU, outras organizações humanitárias e entidades públicas e privadas tenham acesso a combustível em quantidades suficientes para fornecer ajuda e serviços básicos;

4 – Permitir que as organizações humanitárias entreguem ajuda em toda a região de Gaza sem impedimentos ou interferências;

5 – Permitir à ONU ampliar o número de abrigos seguros para pessoas deslocadas em escolas e outras instalações públicas em toda a Faixa de Gaza, garantindo que permaneçam em lugares seguros durante as hostilidades;

6 – Melhorar um mecanismo de notificação humanitária que ajudaria a proteger civis e infra-estruturas civis das hostilidades e facilitaria o acesso humanitário;

7 – Permitir o estabelecimento de centros de distribuição de ajuda para civis, de acordo com as necessidades;

8 – Permitir que civis se desloquem para áreas mais seguras e retornem voluntariamente às suas residências;

9 – Financiar a resposta humanitária, que agora totaliza 1,2 mil milhões de dólares;

10 – Implementar um cessar-fogo humanitário para permitir a retomada de serviços básicos essenciais e retomar o comércio. O cessar-fogo também é vital para facilitar a entrega de ajuda, permitir a libertação de reféns e proporcionar alívio aos civis.

JA

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