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Os mercados de petróleo foram pegos de surpresa neste fim de semana quando a OPEP+ anunciou um aumento na produção maior do que o esperado, intensificando a pressão sobre os preços já em queda.
Durante uma reunião virtual no sábado, o grupo liderado por Arábia Saudita e Rússia decidiu elevar a produção em 411 mil barris por dia (bpd) – quase o triplo do previsto inicialmente.
OPEP+ abandona defesa dos preços e adopta Estratégia Agressiva
A medida marca uma mudança radical na postura da OPEP+, que antes priorizava a sustentação dos preços do petróleo. Agora, a Arábia Saudita parece estar a adoptar uma estratégia de preços baixos, visando disciplinar membros que ultrapassaram as suas cotas de produção, como Cazaquistão e o Iraque.
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O Cazaquistão, por exemplo, excedeu a sua meta em 422 mil bpd em Março.
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A Rússia também tem enfrentado críticas por não cumprir os cortes combinados.
Jorge Leon, da Rystad Energy, resumiu o impacto: “A OPEP+ acabou de lançar uma bomba no mercado. A Arábia Saudita quer punir a falta de conformidade e, ao mesmo tempo, agradar o presidente Trump.”
Pressão de Trump e o Risco de uma Guerra Comercial
O presidente Donald Trump tem pressionado por petróleo mais barato, e a OPEP+ parece estar a se alinhar à sua agenda. Com as novas tarifas a abalarem os mercados globais, a decisão do cartel pode ser uma tentativa de evitar conflitos comerciais e reduzir a inflação.
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Trump deve visitar o Oriente Médio ainda este mês, e a cooperação energética pode ser um dos temas centrais.
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Os preços do Brent já caíram para US$ 61 por barril, o menor nível em quatro anos.
Bancos Revisam Previsões: Mercado em Alerta
O aumento da oferta e as tensões geopolíticas levaram grandes bancos a reduzir as suas projecções para o petróleo:
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Goldman Sachs cortou sua previsão para o Brent em US5∗∗,projetando∗∗US 66 em dezembro de 2025.
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Standard Chartered reduziu sua estimativa para US61∗∗em2025e∗∗US 78 em 2026.
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JPMorgan elevou a probabilidade de uma recessão global para 60% este ano.
O que esperar agora?
A OPEP+ justificou o aumento por citar “fundamentos de mercado saudáveis”, mas analistas veem a medida como uma jogada estratégica para:
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Garantir a participação no mercado diante da crescente produção dos EUA.
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Forçar a disciplina entre membros que não cumprem as cotas.
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Sinalizar flexibilidade em um cenário de demanda incerta.
Os oito países responsáveis pelo aumento – incluindo Arábia Saudita, Rússia e Emirados Árabes – farão uma nova avaliação em junho. Enquanto isso, uma coisa é certa: a volatilidade no mercado de petróleo deve continuar.