O cancro é a segunda causa de morte no mundo e uma das principais causas de mortes intra-hospitalares em Angola.
O Instituto Angolano de Controlo de Cancro (IACC) detecta, cada ano, 1500 novos casos de tumores malignos, sobretudo de mama, colo do útero, linfomas e sarcoma de Kaposi. Os dados foram hoje avançados na conferência “Vamos Falar sobre o Cancro”, realizada pela clínica de saúde preventiva (Golden Care), que teve lugar no Memorial Dr. António Agostinho Neto.
Na intervenção “O Estado da Arte do Tratamento do Cancro em Angola”, o director do IACC, Fernando Miguel, alertou que 85% dos cerca de 1500 pacientes que acorrem ao instituto “chegam já em estado avançado da doença”.
Referiu que, actualmente existe apenas uma instituição, o IACC – Luanda, que aborda de forma integral a patologia oncológica: tratamento oncológico, sistémico (onde se inclui) a quimioterapia, a cirurgia e a radioterapia.
Para fazer face a este cenário, Fernando Miguel anunciou a expansão faseada do serviço oncológico nas províncias de Cabinda, Malanje, Huambo e Huíla.
Estão também previstas para Luanda duas unidades nos municípios de Cacuaco e de Luanda. A intenção é ter, pelo menos, um serviço de oncologia em cada província.
No mundo surgem milhões de novos casos por ano e em Angola o Observatório Global do Cancro (GLOBOCAN) estimou, para 2020, uma incidência de cerca de 20 mil casos e 12 mil mortes por cancro. Em geral, o cancro é a segunda causa de morte no mundo e uma das principais causas de mortes intra-hospitalares em Angola.
E & M