Quantidade de moeda em circulação na economia reduziu 0,21%

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A quantidade de moeda em circulação na economia reduziu 0,21% em Outubro último, comparado a Setembro, com base nos dados divulgados recentemente pelo Banco Nacional de Angola (BNA). Em Setembro deste ano,  circulavam na economia pelo menos 586 mil milhões Kz. No mês de Outubro passou a circular 584,8 mil milhões Kz, menos 1,2 mil milhões kz em relação ao mês anterior, representando uma redução de 0,21%.

Isto significa que nesses dois meses (Setembro e Outubro) a quantidade de moeda em circulação na economia (que vinha tendo uma variação positiva desde Janeiro do corrente ano até Agosto) reduziu, levando a uma inversão de marcha da sua evolução. Em termos homólogos a moeda em circulação cresceu 13,08%. Ou seja, em Outubro do corrente ano o BNA injectou mais 67,6 mil milhões Kz em relação ao mesmo período do ano passado.

Ainda em Outubro, como ilustram os dados do BNA, a base monetária registou uma variação mensal positiva de 2,25% (48,7 mil milhões Kz) ao cifrar-se em 2,21 biliões Kz contra os 2,16 biliões Kz de Setembro.

A redução da quantidade de moeda em circulação que se verificou em Outubro face a Setembro de 2022, de acordo com o economista Maximiano Muende, representa em termos técnicos uma manutenção da quantidade de moeda em circulação.

Não obstante à insignificância da variação (0,21%), continuou, o facto representa um ligeiro corte nos níveis de liquidez da economia no curto prazo, para atenuar níveis futuros de depreciação cambial, visto que no mês de Outubro a moeda nacional depreciou-se 10,6% face a moeda norte americana e o facto tende a ser uma preocupação do BNA em relação a uma provável escalada da inflação nos próximos meses provocado pela depreciação cambial.

No mês de Setembro, como explica Maximiano Muende, a expansão da quantidade de moeda em circulação representou uma maior procura de dinheiro por parte dos agentes económicos para efectuarem as suas transacções. O BNA aumentou a oferta de moeda em Setembro para permitir que as transacções ocorram com menos custos e sejam mais fluidas. Prova disso é a expansão da base monetária (2,25%) no mês de Outubro em relação a Setembro e a redução da taxa básica de juros de 20% para 19,5% ao ano, justificou.

Política monetária

Ainda de acordo com Maximiano Muende, o quadro da política monetária actual se adequa ao cenário macro e microeconómico que o País atravessa. “É o quadro possível que vem favorecendo uma política monetária optimista porém, com todas as reservas que se lhe impõem”, diz. Salienta, por outro lado, que o BNA deve apoiar o crescimento económico do País e garantir a estabilidade dos preços e da taxa de câmbio.

“Estamos conscientes que no actual cenário muito tem sido feito pelo Banco Central, usando o seu poder sobre a política monetária e cambial”, disse frisando que o País tem beneficiado da alta do preço do petróleo nos mercados internacionais, factor externo que dá mais opções ao nível da elaboração dessas políticas. Maximiano Muende entende, por último, que o impacto dessas medidas têm sido positivas para a economia nacional, não obstante terem um nível de eficácia que não é o mais desejado devido à dimensão do sector informal da economia.

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