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ZEE tem mais de sete mil hectares que aguardam por investimento

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A Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo tem disponível 7.500 hectares para a instalação de indústrias, e que aguardam por investimento de empresários nacionais e estrangeiros.

A informação foi avançada pelo administrador da ZEE, Adriano Celso Borja, à margem da visita da delegação empresarial da República Democrática do Congo.

Adriano Celso Borja convidou os empresários congoleses a investir na ZEE, tendo realçado que, cerca de 4.700 hectares  estão reservados para a instalação de unidades fabris ligadas a vários sectores, e um total de 2.800 hectares destinados para investimentos ligados à agroindústria.

O responsável disse que as portas para o investimento estrangeiro estão abertas. Como prova, destacou, que na ZEE estão instaladas e em produção, unidades fabris de 13 países, com realce para Alemanha, Espanha e Eritreia.

“Estes países estão a apostar fortemente no desenvolvimento económico sus- tentável, e esperamos que a República Democrática do Congo seja o 14º país a investir também  na ZEE”,  frisou Adriano Celso Borja  que reforçou muitas destas unidades fabris instaladas exportam para a RDC, como a fábrica de Embavidro, que produz garrafas de vidro.

Para o mercado da RDC, a unidade industrial exporta cerca de 4 mil toneladas de garrafas.

“Estamos esperançosos com a presença da delegação congolesa, um acto positivo porque  da parte deles há muito interesse em investir nas tecnologias, indústria pesqueira  entre outros sectores”, frisou.

 
Garantir a parceria

O ministro do Comércio  Exterior da RDC, Jean Lucien Bussa Tongba, que encabeçou a delegação empresarial daquele país, destacou que a visita à unidade fabril de vidros serve para constatar as potencialidades que Angola oferece em termos de produção local.

O governante disse que ficou satisfeito com o que viu na unidade fabril, tendo deixado garantias para futuras parcerias.

“Depois desta visita vamos informar à nossa classe empresarial do que vimos, e certamente estimula-los para eventuais investimentos em Angola”, garantiu Jean Lucien Bussa Tongba, tendo reforçado que os dois países vão trabalhar para eliminar as barreiras no sentido de promover a parceria.

“Estamos interligados com mais de dois mil quilómetros de fronteira comum, por isso, convido também o empresariado angolano a conhecerem o mercado congolês”, frisou o governante.

Por parte angolana, o secretário de Estado para a Economia, Ivan Marques dos Santos, liderou a delegação, tendo na ocasião agradecido a comitiva congolesa composta por mais de 15 membros, por ter participado do 2º Fórum Económico Angola-RDC.

 
80% do produto é exportado

A Embavidro produz, anualmente, cerca de 50 mil toneladas de vidro, dos quais 80% são reservados para a exportação.  Está implantada numa área de 15 mil hectares, e teve um investimento inicial de 100 milhões de dólares.

Em declaração à imprensa, o director-geral da fábrica, Márcio Galinaro, disse que,  actualmente, estão a ser preparados cerca de 50 contentores  para a RDC.

A fábrica emprega 215 trabalhadores, dos quais 15 são estrangeiros, tendo destacado que para além da RDC, exporta para África do Sul, Namíbia, Congo e outros países de África.

JA

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