Inesperada!
Assim se pode considerar a derrota de Angola, ontem, por 71-77, diante de Cabo Verde, no Pavilhão Arena de Kigali, Rwanda, em partida que marcou a estreia de ambas e o encerramento do Grupo A da fase preliminar da 30ª edição do Campeonato Africano das Nações, Afrobasket´2021, a decorrer até 5 de Setembro.
Após recurso a prolongamento, mercê de igualdade a 66 pontos, a Selecção Nacional foi incapaz de manter inviolável o registo histórico de três triunfos em Afrobasket´s ante a Cabo Verde.
A ganharem por 60-53, no quarto derradeiro, numa altura em que restavam seis minutos por jogar, os comandados de Josep Clarós não conseguiram manter a vantagem de sete pontos e viram o adversário igualar-lhes.
Numa altura em que vencia por 66-64, Walter Tavares, com um smash a um minuto do fim, fez o empate e daí em diante ambas as selecções não mais marcaram até disporem dos cinco minutos de prolongamento.
A interrupção do encontro, por mais de 30 minutos, para permitir a mudança da tabela, partida com o afundanço do poste de 2,21 metros, do Real Madrid de Espanha, foi benéfica para a equipa oriunda do país da Ilha do Fogo.
Contrariamente ao que se esperava, a Selecção Nacional, onze vezes campeã africana, não conseguiu superiorizar-se, ante ao opositor que em 2007 surpreendeu os amantes da bola ao cesto africana, ao conquistar a medalha de bronze.
Depois de igualdade no primeiro quarto, a 14 pontos, e derrota no segundo, 12-20, os cabo-verdianos, às ordens do técnico de nacionalidade angolana, Emanuel Trovoada “Mané”, perceberam que tinham de ser mais ousados.
Amorfa defensivamente, sobretudo nos momentos em que se impunha, Angola não se mostrou diferente no ataque, onde mostrou desacerto de causar nervos à flor da pele para quem assistia o jogo via Internet.
Com um grupo maioritariamente inexperiente, integrado pelos estreantes Gerson Gonçalves “Lukeny”, Childe Dundão, Aboubakar Gakou, Glofate Buiamba, Teotónio Dó e Jilson Bango, de pouco serviu a experiência acumulada de Carlos Morais, Leonel Paulo e Eduardo Mingas.
Com o triunfo, Cabo Verde e Rwanda partilham, com dois pontos, a liderança do grupo, seguida por Angola e República Democrática do Congo (RDC), com um ponto cada.
A jogar em casa e diante do apoio incondicional dos seus adeptos, a selecção anfitriã não teve dificuldades para bater, por 82-68, a República Democrática do Congo.
JA
