A nova secretária-geral da Organização da Mulher Angolana OMA, Joana Tomás, defende a necessidade do reforço urgente de acções, para despertar na jovem mulher o interesse pela política.
Ao intervir na sessão de encerramento do VII Congresso, que a elegeu secretária-geral, na semana finda, afirmou que num país como Angola, cuja população é maioritariamente jovem, é urgente reforçar acções no sentido de despertar na jovem mulher o interesse pela política.
Considerou que, apesar dos sinais positivos verificados na esfera social, “precisamos, ainda, de remover muitos obstáculos que condicionam uma verdadeira participação da mulher na vida política”.
Recordou que a OMA aprovou neste congresso um Programa com metas que só serão cumpridas se forem mobilizadas mais mulheres para a organização, de forma a fortalecê-la, já que é o motor mobilizador do MPLA. “A OMA são os olhos, os ouvidos e a boca do MPLA”, afirmou.
A secretária-geral eleita recordou, na sua intervenção, a necessidade de apoio a mulher rural, anunciando que vai advogar para a facilidade de obtenção de micro-créditos.
Com relação ao analfabetismo, Joana Tomás aproveitou para apelar ao voluntariado das militantes da organização, recordando que num passado não muito distante os dados estatísticos alegravam pela positiva, mas hoje indicam que ainda há muitas mulheres por alfabetizar.
A jornalista emprestada à política disse que a sua direcção vai continuar apostada no combate ao analfabetismo, ao alcoolismo, à fuga a paternidade, à violência doméstica e ao abuso sexual de menores, entre outros males.
Por seu turno, agradeceu a liderança do partido pela forma como conduziu o processo de transição geracional na OMA, bem como por terem escolhido “a filha de um pastor nascida numa aldeia”, para conduzir a organização.
Agradeceu, também, a secretária-geral cessante pelos ensinamentos e lições de vida que transmitiu ao longo do seu mandato, especialmente, pela forma como conduziu o processo. “Caminhou comigo e fez a minha apresentação por todo o país… mostrou que missão dada é para ser cumprida”, sublinhou.
“Tenho consciência da dimensão do desafio e da complexidade, e também da amplitude desta missão, assim como das minhas limitações pessoais, mas tenho esperança e confiança de que, com o apoio de todos, a missão será bem cumprida”, garantiu.
Ainda assim reconheceu que “não vai ser fácil substituir a mamá Inga, mas é uma substituição necessária porque a nossa guerreira precisa de descanso”.
Angop