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João Lourenço completa 4 anos no poder

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João Lourenço completou, ontem, quatro anos desde que foi eleito Presidente da República, a 23 de Agosto de 2017, em substituição de José Eduardo dos Santos, na sequência de eleições gerais, ganhas pelo MPLA.

O coordenador do Observatório Político e Social de Angola (OPSA) assinalou alguns retrocessos nos quatro anos de mandato do Presidente João Lourenço, mas considerou injusto que se diga que a actual governação está pior que a anterior.

Em declarações à Lusa, para fazer o balanço dos quatro anos de eleição do Chefe de Estado, Sérgio Calundungo lembrou que, tão logo subiu ao poder, João Lourenço trouxe consigo uma grande réstia de esperança, começando por reconhecer que havia grandes casos de corrupção, nepotismo e abuso de poder.

Para o também membro do Conselho Económico e Social, além de ter reconhecido essas situações, foi importante o compromisso com toda a sociedade para combater estas questões.

“Isso levantou a esperança, porque era um dos males que o país enfrentava no passado e enfrenta agora, mas naquela altura, antes de João Lourenço subir ao poder, as pessoas ligadas ao MPLA e ao ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, não reconheciam publicamente que isto estava a ocorrer no país”, lembrou Calundungo, para quem “o desespero era maior, porque ninguém faz correcção de algo que não reconhece”.

A demonstração de uma certa abertura para o diálogo, com empresários, sociedade civil, inclusive sectores mais críticos, forças políticas na oposição e a promoção de abertura aos órgãos públicos de comunicação social foram, também, conquistas iniciais.

Nos primeiros meses de seu governo, protagonizou uma reforma sem precedentes nos principais órgãos do Estado com exonerações subsequentes. Tendo por isso ganho na mídia o cognome de “O EXONERADOR IMPLACÁVEL“. 

Nos primeiros 50 dias de seu mandato Lourenço já tinha varrido praticamente toda equipa eduardista dos principais órgãos do Estado. 

Todavia, nem tudo são rosas. Há também espinhos. E não são poucos. Os últimos escândalos de corrupção na Casa de Segurança do Presidente da República, a contínua falta de transparência na gestão das finanças públicas continuam a picar a governação de Lourenço.

Na arena política, o líder do maior partido da oposição, Adalberto da Costa Júnior, deixou escapar que está a ser alvo de manobras políticas por parte do partido no poder a nível do Tribunal Constitucional para o afastar da corrida as eleições de 2022.

No âmbito social, a seca e a fome que persistem e que se agudizaram com a pandemia da covid-19 são dos espinhos mais visíveis. Seguem-se a imprensa pública cuja credibilidade tem sido cada vez mais questionada, e por último, a nomeação da Juíza Presidente do Tribunal Constitucional, para muitos faltou ética apesar de não haver ilegalidade, pois que a nomeada foi sua colaboradora directa.

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