Produção petrolífera em Abril volta a subir acima de 1 milhão barris/dia

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Em Março a produção no País esteve abaixo do milhão de barris/dia, 969 mil, sendo que em Abril voltou a subir para valores à volta de 1,135 milhões barris/dia, com o retorno da produção dos 120 mil barris do Campo Dália, depois das obras de manutenção e mais 45 mil barris/dia do TDBT no bloco 14.

A produção petrolífera em Angola recuperou na quarta-feira  1,135 milhões barris/ dia, depois de ter caído em Março 1% para pouco mais de 969 mil barris/dia. A explicação prende-se com o regresso da produção do FPSO Dália, que garantia mais de 120.000 barris de petróleo por dia e parou para a manutenção programada durante o mês de março.

O Dália está localizado no maior bloco em produção no País, o Bloco 17, operado pela Totalenergies, de onde sai à volta de um terço da produção petrolífera angolana.

Também contribuiu para a queda da média diária de produção de petróleo, em Março, a paralisação do BDLT no Bloco 14, operado pela Chevron, o sexto maior do País, que após paralisação devido a alguns problemas técnicos viu a produção de crude cair significativamente para um valor não apurado.

Entretanto, segundo fontes do sector, no início desta semana a média de produção petrolífera no Bloco 14, operado pelos norte-americanos da Chevron, retomou ao seu nível normal, à volta de 55.000 barris de petróleo por dia.

De acordo com a concessionária, a Agência Nacional de Petróleo Gás e Biocombustíveis (ANPG), a produção deverá aumentar nos próximos dias em mais de 22.000 barris/dia, já que o problema que dura desde final do ano passado no FPSO Mondo no Bloco 15, operado pelos também americanos da Exxon Mobil, já foi superado.

Por isso, prevê -se o regresso da produção em pleno no quarto principal bloco do País já na próxima semana. De acordo com os dados da ANPG, Angola produziu menos 278.527 barris de petróleo em Março se comparado a Fevereiro, em que a média de produção do País esteve em 1,063 milhão de barris diários de petróleo. Isto apesar de Março ter mais três dias de produção que Fevereiro.

O Expansão apurou que esta baixa na média de produção em Março, abaixo de 1 milhão de barris/dia, não deverá prejudicar a meta anual de produção petrolífera prevista no Orçamento Geral de Estado (OGE) 2023: 1.180.000 barris/dia.

Para o colaborador do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola, José Oliveira, o regresso da produção à normalidade no bloco 15 deveu-se ao facto de um dos FPSO, o Mondo, ter estado parado desde Novembro por questões técnicas, que estão agora mais ou menos resolvidos, sendo que a Exxon pensa colocar o FPSO de novo em produção até meados de Maio. “A queda da produção do Mundo não é muito grande, deve estar à volta de 20.000 barris de petróleo/dia, mas ajuda para o valor final”, esclareceu Oliveira.

ANPG e Total Energies acertam blocos 20 e 21

A Agência Nacional de Petróleo Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a multinacional francesa Totalenergies assinaram, esta quarta- -feira, finalmente, o muito aguardado acordo de princípio que vai permitir o desenvolvimento (montagem e instalação do FPSO e outras estruturas de produção de petróleo e gás) nos campos Cameia e Golfinho, localizados nos blocos 20 e 21 na Bacia do Kwanza.

De acordo com uma nota de imprensa da concessionária, o futuro desenvolvimento dos blocos 20 e 21, localizados a cerca de 150 quilómetros a sudoeste de Luanda, vai compreender uma Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de petróleo e gás (FPSO), a sétima da Total Energies em Angola, conectada com uma rede de produção submarina. A concepção deste projecto inclui a geração eléctrica a partir de uma turbina de ciclo combinado e a eliminação completa da queima de gás, permitindo reduzir a sua emissão de carbono.

Expansão

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