As reservas internacionais de Angola estavam fixadas, no dia 12 de Junho, segunda-feira, nos 13.664 milhõeD, o que representa uma queda de 6% desde o início de 2023. Em Janeiro, estavam avaliadas em 14.471 milhões USD.s US

Os dados divulgados pelo Banco Nacional de Angola (BNA) indicam que, desde Janeiro, as reservas internacionais perderam cerca de 806 milhões USD.

Ao que o Expansão apurou, uma parte destes fundos foram utilizados pelo BNA, na semana passada, numa tentativa de travar a forte desvalorização do Kwanza, iniciada a 11 de Maio. Neste movimento foram aplicados cerca de 400 milhões USD, insuficientes para equilibrar o mercado cambial. Outro dado importante indica que, no dia 12 Junho, as reservas estavam avaliadas em 13.664 milhões USD mas, no dia 8 do mesmo mês, eram 14.189 milhões USD (mais cerca de 516 milhões USD).

Os actuais 13.664 milhões USD asseguram cerca de 6 meses de importações. Mas com os desequilíbrios macroeconómicos que o País tem enfrentado nas últimas semanas, já há especialistas a admitir uma redefinição da política de utilização das reservas internacionais para que estas cubram apenas 4 meses de importações, que é a média verificada nos países que fazem parte da SADC.

As reservas são necessárias para assegurar a importação de diversos bens, como alimentos, maquinaria ou matérias-primas. São também um indicador de confiança sobre o País para investidores internacionais. Actualmente, valem menos de metade do que estava registado em Dezembro de 2013 (31.000 milhões USD).

A partir de meados de 2014, a crise petrolífera contribuiu para a queda das reservas e, de lá para cá, o cenário nunca mais foi o mesmo. Estes fundos correspondem às reservas de dólares, euros, ouro e outras divisas controladas pelo banco central.

Expansão