Um estudo da agência financeira dos Estados Unidos, Bloomberg, realizado há já alguns meses atesta que são necessários, em cada mês, pouco mais de 2,5 mil milhões de dólares para governar Angola.

Inspirado na história do chamado “Príncipe dos Ladrões”, popularizado por tirar dos ricos para dar aos pobres, o recém-lançado Índice Robin Hood, da agência financeira norte-americana Bloomberg, coloca as fortunas de 49 bilionários de todo o mundo ao serviço do povo – aqui representado pelo Estado.

Num assumido “exercício intelectual”, o Índice é construído a partir de uma pergunta: Quantos dias o Governo de um país conseguiria funcionar apenas com a riqueza do seu cidadão mais abonado?

Bem, começando por responder a pergunta, sabemos que não é difícil aferir um cidadão angolano que possua a maior fortuna no seio dos angolanos.

Sem rodeios e de truques tipo “qual é a coisa qual é ela” para colocarmos o nome da princesa com trono perdido a liderar o ranking dos mais abastados de Angola.

A empresária Isabel dos Santos é a pessoa mais rica de Angola e a mulher mais rica de África. E estima-se que a sua fortuna ronde nos 2,5 mil milhões de dólares norte-americanos. Vai daí a pergunta do estudo da Bloomberg: E se esta massa estivesse ao serviço do Estado, por quanto tempo permitiria governar Angola?

Apenas permitiria governar Angola por 30 dias, diz a Bloomberg, agência de informação financeira, e constam do recém-lançado Índice Robin Hood 2018.

A resposta oscila entre 4, no caso da China, e 441, no caso do Chipre, indica a análise efectuada a 49 estados, Angola incluída.

Segundo o Índice, a fortuna Isabel dos Santos, avaliada em 2,5 mil milhões de dólares, daria para governar Angola por 30 dias.

O cálculo considera a média diária de gastos do Executivo (83,7 milhões de dólares), o Produto Interno Bruto (138,2 mil milhões de dólares) e a percentagem desse PIB absorvida pelas despesas governamentais (22,1%).

Os dados utilizados, explica a Bloomberg, resultam do Índice de Bilionários da Bloomberg e das estatísticas do Fundo Monetário Internacional.

CD